Revista Eletrônica do Programa de Bolsas - Edição ZERO

Revista: Edição ZERO | Ano: 2022 | Corpo Editorial: Editorial | Todas edições: Todas
ISSN: 2966-4020
MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO DA TENDÊNCIA TEMPORAL DA COBERTURA VACINAL INFANTIL NAS CAPITAIS BRASILEIRAS E AVALIAÇÃO INTRAMUNICIPAL EM BELO HORIZONTE SEGUNDO DADOS DO PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES
Bolsista: Mateus Henrique Silva Alves
Orientador(a): Taynana Cesar Simoes
Resumo: O Brasil vem mostrando queda importante da cobertura vacinal dos imunobiológicos contemplados no calendário básico infantil. Esta queda pode ter impactos significativos na Saúde Pública do país, resultando no retorno e fortalecimento de algumas doenças imunopreveníveis de importante impacto na morbimortalidade de crianças. A cobertura vacinal é expressa como a proporção de pessoas de um grupo-alvo que foram vacinadas contra determinada doença ou grupo de doenças imunopreveníveis, medindo a capacidade de um serviço em atingir determinada meta de vacinação. No entanto, ocorre de forma heterogênea no território brasileiro e se distingue ao longo do tempo entre os imunobiológicos. Identificar as particularidades do território é importante na avaliação das quedas vacinais, a fim de dar base a ações diferenciadas do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Desta forma, o intuito deste estudo é iniciar a descrição e análise de cobertura vacinal infantil, caracterizando sua distribuição nas capitais brasileiras ao longo do tempo, e avaliando a mudança na distribuição espacial da cobertura no período de 2010 a 2020, segundo dados oficiais do PNI. Além disso, com foco no município de Belo Horizonte, espera-se avaliar a heterogeneidade da situação vacinal ao nível intramunicipal. Foram avaliadas as desigualdades temporal e espacial na cobertura e doses aplicadas de 14 vacinas do calendário infantil (relativas a BCG, Hepatite B, Poliomielite, Pentavalente, Rotavírus humano, Febre amarela, Meningococo conjugada C, Pneumococo conjugado 10 valente, Influenza, Hepatite A, Tríplice viral, Varicela e reforços para DPT e Poliomielite), entre as capitais brasileiras e nas Áreas Administrativas do município de Belo Horizonte, no período de 2010 a 2021, segundo os indicadores obtidos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Como ferramentas analíticas, foram utilizados gráficos descritivos das séries históricas de cobertura e número de doses aplicadas, além do mapeamento desses indicadores ao longo do período de análise. As análises temporal e espacial serão ainda futuramente exploradas através de modelos estatísticos como os Modelos Aditivos Generalizados (Modelos GAM) e Modelos Autorregressivos Condicionais (Modelos CAR). As análises foram feitas no software estatístico R e mapeamento no software de geoprocessamento QGis. Resultados preliminares mostram uma queda importante na cobertura vacinal para todos os imunobiológicos do calendário básico infantil oferecidos pelo SUS a partir de 2015, e na maioria dos casos, abaixo da cobertura mínima preconizada pelo Ministério da Saúde. Esta queda não ocorre da mesma maneira no território brasileiro, sendo aparentemente menor entre as Unidades Federadas das Regiões Norte e Nordeste nos anos mais recentes, em particular, anos pós-pandemia de COVID-19. Para todo o Brasil, destacam-se queda percentual de 46,3% para BCG no período de 2010 a 2021, e de 43,5% para o reforço de Poliomielite. Todas as vacinas estiveram abaixo da cobertura mínima preconizada pelo Ministério da Saúde, verificando-se uma diferença percentual em relação a meta, variando de 10,5% para o reforço da Tríplice bacteriana (contra Difteria, Tétano, Coqueluche) a 45,6% para o reforço de Poliomielite. Algumas vacinas, embora tenham apresentado menor queda no período, a exemplo da vacina contra Hepatite A com queda de 4,5% entre 2010 e 2021, apresentaram grandes diferenças percentuais em relação à cobertura mínima preconizada (Hepatite A = -39,4%). A análise espaço-temporal das coberturas vacinais do calendário infantil pode dar base para ações diferenciadas da vigilância epidemiológica e do PNI em regiões de menor cobertura no território brasileiro.
Identificação de compostos inibidores da ribose-5-fosfato isomerase de Trypanosoma cruzi para quimioterapia da doença de Chagas: de uma abordagem in vitro à exploração da diversidade de sequência, estrutura e função.
Bolsista: DANIEL CEDO BORGES
Orientador(a): ANA CAROLINA RAMOS GUIMARAES
Resumo: A enzima ribose-5-fosfato isomerase de Trypanosoma cruzi (TcRpiB) foi sugerida, por diferentes trabalhos, como um potencial alvo farmacológico para o tratamento da doença de Chagas. Isso porque ela é essencial à viabilidade de tripanosomatídeos e tem baixa identidade e similaridade com a enzima que é sua análoga funcional em humanos. Em um trabalho anterior, nosso laboratório fez a triagem virtual de moléculas que potencialmente se ligam a TcRpiB e que, portanto, podem se tornar fármacos caso essa ligação seja seletiva e capaz de inibir a atividade enzimática essencial. Inicialmente, o presente projeto teve como objetivo conduzir ensaios de cinética enzimática de TcRpiB, e sua análoga funcional humana, na presença do substrato preferencial e dos possíveis inibidores, a fim de caracterizar o efeito das moléculas triadas in silico sobre a atividade das enzimas recombinantes. No entanto, durante o processo de clonagem do gene TcRpiB para expressão heteróloga em E. coli, diferentes sequências foram amplificadas a partir de duas amostras de DNA das cepas Y e CL Brener, todas diferindo da sequência de referência do gene. Essa observação, associada aos parâmetros cinéticos insuficientes apresentados, preliminarmente, por uma das enzimas recombinantes expressa a partir de uma sequência que divergia da de referência, redirecionou o projeto à exploração da diversidade genética de TcRpiB e dos potenciais impactos que as variações não sinônimas podem ter sobre a atividade enzimática. Nesse sentido, diversas sequências do gene TcRpiB foram obtidas em bancos de dados virtuais e em arquivos de sequenciamento de genoma completo depositados no SRA, representando 29 sequências proteicas não redundantes. Preliminarmente, esses resultados sustentam a hipótese de que a diversidade observada está em consonância com a diversidade entre as sequências dos bancos de dados. Para continuar explorando essa diversidade genética a fim de identificar variações significativas, análises estruturais serão realizadas através da modelagem comparativa de todas as sequências não redundantes identificadas. Os modelos resultantes serão utilizados em ensaios de dinâmica molecular com o substrato da enzima, o que nos permitirá estudar se/como essas variações de sequência podem levar a diferenças na dinâmica da interação proteína-ligante. A diversidade de sequência de proteínas sugeridas como potenciais alvos farmacológicos em T. cruzi vem sendo reportada na literatura, mas existem poucos trabalhos que explorem como essa diversidade pode impactar a atividade enzimática e o desenho de novos fármacos. Com nossos resultados esperamos contribuir para o desenho de fármacos que tenham a TcRpiB como alvo e que sejam completamente efetivos e seguros.
Validação de variantes genéticas identificadas através da técnica de sequenciamento de nova geração
Bolsista: DANIELLE DE FREITAS FIGUEIREDO MONTEIRO FINS
Orientador(a): NATANA CHAVES RABELO VANI
Resumo: As doenças raras acometem um percentual significativo da população brasileira, com uma incidência de 65:100.000 indivíduos. Através da incorporação da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras ao Sistema Único de Saúde (SUS), este grupo de doenças passou a receber mais atenção no Brasil. A habilitação do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira – IFF/Fiocruz como um Serviço de Referência em Doenças Raras (SRDR) motivou esforços institucionais, especialmente no que se refere à incorporação de técnicas diagnósticas mais rápidas e precisas. O diagnóstico precoce favorece uma conduta clínica adequada; aumenta a precisão do aconselhamento genético; e, contribui para a melhora na qualidade de vida dos indivíduos acometidos e suas famílias. Desta forma, o Laboratório de Medicina Genômica do IFF implantou a técnica de sequenciamento de nova geração (NGS) no SRDR/IFF, adotando inicialmente o sequenciamento do exoma clínico (CES) para a rotina de diagnósticos no Instituto; porém, a limitação quanto à capacidade de interpretação dos dados genômicos permanece um desafio para os profissionais desta área. A correlação das variantes genéticas identificadas pelo NGS com o fenótipo dos pacientes tem sido guiada pelas recomendações do Colégio Americano de Genética Médica (ACMG), que envolvem buscas na literatura, análises in silico, validações funcionais, histórico familiar, entre outros critérios. Falsas atribuições de patogenicidade podem ter sérias consequências para o aconselhamento genético e para o entendimento da fisiopatologia dessas doenças. Desta forma, o presente sub-projeto tem como objetivo validar algumas das variantes genéticas identificadas previamente pelo sequenciamento de nova geração (NGS) em amostras de pacientes atendidos na rotina do Laboratório de Medicina Genômica - SRDR/IFF. O trabalho tem sido desenvolvido utilizando a técnica de Sequenciamento de Sanger para a confirmação de novas variantes genéticas de potencial relevância clínica e para verificar a segregação destas variantes nos genitores; realizando análises em bancos de dados e buscas na literatura que possam auxiliar na classificação de patogenicidade das variantes identificadas através do NGS seguindo as diretrizes do ACMG e, posteriormente, após as validações; estas variantes serão inseridas no banco de dados clínicos e genéticos do LMG/SRDR/IFF. For fim, ao alimentar os bancos de dados genômicos com novas informações de variantes com possível associação a doenças, é possível ampliar as chances de identificação de genes candidatos e possíveis correlações genótipo-fenótipo, fornecendo importantes dados para futuros estudos epidemiológicos acerca das doenças raras na população brasileira.
Protótipo vacinal sintético baseado na Duffy Binding Protein II (DBPII) do Plasmodium vivax: avaliação da resposta imune humoral de longa duração
Bolsista: Sofia Lara Afonso
Orientador(a): FLORA SATIKO KANO
Resumo: A mala?ria causada por Plasmodium vivax e? de grande importância em Saúde Pública e amplamente distribuída fora do continente Africano e associada com evide?ncias de resiste?ncia do P. vivax a?s drogas, casos graves e recidivas desse parasito preocupa e reforc?a a necessidade de se desenvolver uma vacina que possa contribuir no controle dessa doenc?a. A principal proteína de fase sanguine de P. vivax candidata à vacina, a DBPII é polimorfica e induz anticorpos antígenos específicos. Assim, com o objetivo de induzir uma imunidade de ampla reatividade a?s diferentes variants, o protótipo DEKnull-2 foi construído e tem mostrado resultados promissores. Assim, o objetivo do presente trabalho é avaliar a resposta imune humoral contra DBPII e DEKnull-2 em uma população da Amazônia brasileira em um estudo longitudinal de longa duração. Para isso, nosso grupo vem conduzindo um estudo longitudinal de base populacional na populac?a?o do assentamento agri?cola de Rio Pardo desde novembro de 2008, onde no primeiro ano do estudo, incluiu 3 cortes transversais com 6 meses de intervalo, e cortes transversais adicionais foram realizados nos anos 6, 7, 9 , e 11 e 13 anos de acompanhamento. Foco será dado no 13º ano do estudo do estudo longitudinal que foram recrutados 175 indivíduos, dos quais 139 (80%) já participaram anteriormente do estudo, sendo 99 indivíduos desde o início do estudo em 2008, enquanto que 40 indivíduos participaram desde de 2019. Somente 36 indivíduos (20%) são novos participantes. As características demográficas e epidemiológicas dos indivíduos estão descritas na Tabela 1. No geral, a mediana de idade foi de 47,1 anos (intervalo interquartil (IQR): 30,2 - 60,2), a proporção de homem e mulher foi de 1,2:1. A mediana de anos de residência em Rio Pardo foi de 15 anos (6-20). Como esperado, o tempo de residência na comunidade foi maior dos participantes desde 2008 (19 anos, IQR: 10,5 - 22,0) quando comparados com os de 2019 (5,5 anos, IQR: 2,0 - 9,0) e novos participantes (7 anos, IQR: 4,0 - 10,8). A frequência de população ribeirinha foi similar entre os grupos em torno de 40%. Não foi detectada infecção malárica positiva tanto pela microscopia e pelo diagnóstico molecular (Amaral et al., 2019). Em relação a resposta de anticorpos IgG total contra DBPII Sal-1 e DEKnull-2, no geral, 17% (29/175) apresentaram anticorpos contra ambas as proteínas. No entanto, a positividade foi maior entre os indivíduos acompanhados, com frequências de 21% (21/99) para os participantes desde 2008, 17,5% (7/ 40) para recrutados em 2019 e somente 2,9% dos novos participantes foram positivos (Tabela 1). Com os resultados da respostas de anticorpos contra DBPII-Sal-1 em 13 anos de acompanhamento podemos verificar que a frequência variou entre 10,3% e 25%, enquanto que para DEKnull-2 foi de 7% a 35.8%. Com esses resultados serão possíveis identificar a proporção de indivíduos respondedores persistente e não-respondedores para assim, dar continuidade a caracterização imunológica da DBPII e DEKnull-2, e assim, validar a DEKnull-2 como vacina sintética contra a malária por P. vivax. Além disso, atividades remotas como uma revisa?o bibliogra?fica foram desenvolvidas no periodo.
Avaliação da Microbiota Bacteriana do Solo em Cultivos Irrigados com Água de Reúso
Bolsista: Rodrigo Bezerra da Silva
Orientador(a): ADRIANA SOTERO MARTINS
Resumo: 1. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA Atualmente, no Brasil e no Mundo, observam-se vários exemplos da utilização de água de reúso na agricultura (MANCUSO e SANTOS, 2013). A água de reúso é definida como a reutilização de águas, estas provenientes de efluentes tratados (MORAIS et al., 2016). A agricultura é a atividade econômica que mais demanda água, e devido à escassez das fontes hídricas para esta atividade em diversas regiões, a água de reúso se torna uma alternativa para enfrentamento desse problema (MANCUSO e SANTOS, 2013). A utilização de água de reúso traz diversos benefícios à agricultura como fonte de nutrientes que auxiliam o crescimento de cultivos e de água, entretanto deve-se ter segurança da qualidade sanitária para não prejudicar a saúde humana e ambiental. A água de reúso pode conter micropoluentes, tais como produtos químicos e microrganismos, podendo oferecer riscos à saúde pública e ambiental. A utilização da água de reúso na microbiota do solo podem ou não beneficiar microrganismos, variando de acordo com a quantidade aplicada e composição da água de reúso. Quando aplicada em alta quantidade e possuir uma grande carga de nutrientes como fósforo e nitrogênio, patógenos, metais pesados e antibióticos, o solo não consegue realizar a sua função de reciclabilidade, e assim pode alterar as características do solo (LIU et al., 2013). 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Analisar alterações na microbiota bacteriana do solo antes e após os ensaios de irrigação com água de reúso dos cultivos de hortaliças Petroselium sativum. 2.2 Objetivos Específicos • Avaliar alterações na microbiota bacteriana do solo antes e depois dos ensaios de rega de hortaliças Petroselinum sativum (salsa) com água de reúso; • Realizar a avaliação dos perfis de restrição por meio do programa BioNumerics. 3. METODOLOGIA Serão realizadas análises por meio método de polimorfismos de comprimento dos fragmentos de restrição (RFLP) (DE LIMA et al., 2012). Para isto, o método de RFLP, será feito a partir das amostras já amplificadas por meio da PCR, e que passaram por digestão utilizando a endonuclease StuI, seguindo as orientações do fabricante (LIMA et al., 2012). Todas as amplificações foram avaliadas quanto à sua concentração de DNA por meio da análise da densidade óptica (DO) em espectrofotômetro, no comprimento de onda de 260 nm (EMBRAPA, 2007). O DNA digerido será analisado em gel horizontal a 3 % de agarose em tampão TBE (54 g Tris; 27,5 g de ácido bórico; 3,72 g EDTA; Água q.s.p. 1L; pH 8,0 - Tris Borato EDTA) 0,5X por 3 h, em voltagem constante de 75V (LIMA et al., 2012). Ao final da eletroforese, os fragmentos de DNA serão transferidos (Southern Blot) para membrana de nitrocelulose, e posteriormente será utilizada sonda rDNa 16s de Escherichia coli. A sonda será preparada através de PCR, e marcada com biotina, utilizando o kit de marcação da sonda BioNick™ DNA Labeling System da marca Invitrogen life Technologies (Cat. No.: 18247-015) seguindo as recomendações do fabricante. A pré-hibridização ocorrerá em 7 mL de solução DIG Easy Hyb a 65 °C, e a hibridização ocorrerá em 2,45 mL de solução DIG Easy Hyb a 70°C com exposição de 6 a 16 h. A membrana será lavada duas vezes em 2 X (vezes concentrado) SSC contendo 0,1% SDS em temperatura ambiente por 5 min e finalmente 0,5 X SSC contendo 0,1% SDS a 70°C duas vezes por 15 min. O substrato quimioluminescente será usado e os sinais visualizados em filme raio-X após 30 min (CARPENTIERI-PÍPOLO et al., 2008). As imagens serão analisadas por meio do programa BioNumerics® (versão 1.5, Applied Maths, Kortrijk, Bélgica) (PONTES JÚNIOR, 2010). A atividade de acesso ao Patrimônio Genético foi cadastrada no SisGen sob o nº AAC8F2F, em atendimento ao previsto na Lei nº 13.123/2015. CRONOGRAMA Atividades Duração (Mês) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Revisão da Literatura Método de RFLP Avaliação dos perfis de restrição por meio do programa BioNumerics Participação em Congresso Apresentação RAIC Relatório Parcial REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARPENTIERI-PÍPOLO, V. et al. Comparison between methods of demarcation of probe of RFLP R2430E used in the selection of resistance of peanut to Meloidogyne arenaria. Semina: Ciências Agrárias, v. 29, n. 4, p. 783–788, 2008. EMBRAPA. Fundamentos teórico-práticos e protocolos de extração e de amplificação de dna por meio da técnica de reação em cadeia da polimerase. São Carlos: Embrapa Pecuária Sudeste, 2007. FRÓES, A. M. Mineração de dados metagenômicos visando a análise da diversidade de serina Beta-Lactamases em diferentes ambientes. 2013. 186f. Tese (Doutorado em Biologia Computacional e Sistemas) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de janeiro, RJ, 2013. LIMA, A. A. et al. Diversidade e capacidade simbiótica de rizóbios isolados de nódulos de Mucuna-Cinza e Mucuna-Anã. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 36, n. 2, 2012. LIU, L. et al. Potential effect and accumulation of veterinary antibiotics in Phragmites australis under hydroponic conditions. Ecol. Eng., v. 53, p. 138–143. 2013. MANCUSO, P. C. S.; SANTOS H. F. Reúso de Água. Barueri, SP: Manole, 2013. MORAIS, M. A. et al. Contaminação microbiológica no perfil do solo por águas residuárias. Holos, v. 3, p. 76, 23 jun. 2016. PEREIRA, M. S. et al. Decaimento de Bactérias do Grupo Coliformes em Solos com Cobertura Vegetal e Nu. Revista Engenharia na Agricultura - REVENG, v. 22, n. 6, p. 575–582, 31 dez. 2014. PONTES JÚNIOR, M. D. Sucessão bacteriana durante o desenvolvimento de frutos de café (Coffea arabica L.). 2010.
COVID-19 E A VIOLÊNCIA URBANA: REPERCUSSÕES NO TRABALHO E NA SAÚDE MENTAL DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Bolsista: MAYARA AURELIANO RODRIGUES
Orientador(a): Anya Pimentel Gomes Fernandes Vieira Meyer
Resumo: Países que tiveram sucesso no enfrentamento e controle da pandemia, o fizeram com ações de controle da disseminação do vírus, identificando pacientes contaminados e prevenindo que estes difundissem a infecção através de isolamento. Dados recentemente indicam que estratégias de isolamento e rastreamento combinadas reduziriam a transmissão do COVID-19 mais do que as práticas isoladas de testagem em massa ou auto-isolamento. Neste contexto, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem o potencial de exercer uma importante função no combate a pandemia ao trabalhar no rastreamento de contato, coletando informações sobre infectados e fornecendo orientações a estes e a comunidade, com a finalidade de conter a transmissão da doença. Contudo, questões de contexto, como a violência, podem influenciar seu processo de trabalho e sua atuação no combate a COVID-19, e de outros agravos na saúde, principalmente em grupos de territórios de vulnerabilidade. Objetivo: Analisar as associações entre COVID-19, violência, condução dos cuidados de outros problemas de saúde na população, processo de trabalho e saúde mental de Agentes Comunitários de Saúde. Metodologia: Trata-se de estudo multicêntrico, de natureza quantitativa, com desenho transversal, descritivo-analítico, desenvolvido nos municipios de Fortaleza, Sobral e complexo Crajubar (municipios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha). O estudo está dividido em 3 etapas. Etapa 1 Aplicação de questionário quantitativo ao ACS (dados primários): a) Questionário sobre violência, dados sociodemográficos e o processo de trabalho do ACS na ESF; b) Questionário sobre o impacto da COVID-19 na violência do território, na condução dos cuidados de outros problemas de saúde na população, e no processo de trabalho dos ACS. Questões sobre infecção do ACS por COVID; c) SRQ-20; d) WHOQOL-Bref; e) Questões relacionadas aos cuidados em saúde mental, absentismo/afastamento trabalho por questões de saúde geral/mental. Etapa 2 Aquisição e organização de dados secundários referentes ao COVID-19 no território, a violência, e a dados relativos a atendimentos ambulatoriais de outras questões de saúde (e.g., Diabetes, hipertensão, pré-natal e vacinação). Dados secundários (taxa de homicídio, Índice de Desenvolvimento Humano [IDH], Cobertura do Programa Bolsa Família [PBF], casos e óbitos por COVID-19, taxas de analfabetismo, taxa de cobertura da ESF, atendimentos de saúde para diabetes, hipertensão, pré-natal e vacinação de 2020 e anos anteriores) serão obtidos junto aos órgãos e ou documentos oficiais dos municípios estudados. Etapa 3Construção de Mapas de Violência e COVID-19, assim como a disseminação do conhecimento gerado. Os achados da presente pesquisa apoiarão a implementação de estratégias e políticas públicas para o enfrentamento da COVID-19, a melhoria da saúde do trabalhador, e a qualificação do processo de trabalho do ACS ante a convivência com a violência no território, e a necessidade de combater a pandemia nas comunidades vulneráveis.
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